Professor David Alves Teixeira Lima, do Centro Universitário Mauá do DF e de Goiás, avalia as mudanças como positivas e alinhadas às demandas da sociedade
O Ministério da Educação (MEC) anunciou uma atualização nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para o curso de Medicina — a primeira em mais de uma década. As novas normas reforçam a integração dos estudantes ao Sistema Único de Saúde (SUS), ampliam a carga horária prática desde o início da graduação e introduzem novas exigências formativas voltadas à realidade social e à saúde mental da população.
De acordo com David Alves Teixeira Lima, Coordenador Adjunto do Curso de Medicina do Centro Universitário Mauá DF e da Faculdade Mauá GO, as mudanças representam um avanço significativo na formação médica no país. “As diretrizes curriculares são uma forma de o MEC coordenar o que as faculdades de Medicina devem oferecer ao longo dos seis anos de curso. Elas não eram alteradas há mais de dez anos, e agora o Ministério traz inovações substanciais”, explica o professor.
Entre as principais novidades está a obrigatoriedade das atividades de extensão — projetos que aproximam o estudante da comunidade desde o primeiro período do curso. “Essa mudança é muito positiva, pois leva o futuro médico a vivenciar a realidade social e as necessidades de saúde da população logo no início da formação”, ressalta David Alves.
O MEC também reforçou a importância do ensino sobre o SUS, além de ampliar a ênfase em saúde mental, ortopedia e medicina intensiva (UTI). Segundo o professor, o foco nessas áreas reflete as novas demandas da sociedade e do sistema de saúde brasileiro. “O Ministério reforça, de maneira correta, o estudo da saúde mental, uma preocupação crescente na população de hoje. Também valoriza o aprendizado em ortopedia e em medicina intensiva, áreas fundamentais para a prática clínica”, avalia o coordenador.
As instituições de ensino superior terão até dois anos para se adaptar às novas diretrizes. Para o docente, as mudanças consolidam um modelo de ensino mais humano, técnico e conectado à realidade brasileira. “Essas atualizações vão trazer resultados muito positivos para a formação médica e, consequentemente, para o atendimento à sociedade”, conclui David Alves Teixeira Lima.