Somente em 2024, de acordo com o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), mais de 5,2 mil denúncias por violações raciais foram registradas pelo Disque 100. “O nosso objetivo foi fortalecer uma característica do hospital, onde a diversidade é respeitada e valorizada. Cada vez que conseguimos unir as pessoas em prol de uma causa importante, mostramos que a instituição se preocupa com valores inegociáveis”, conta Carla Ribeiro de Souza, supervisora do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH). Conscientização e diálogo A roda de conversa teve como foco o combate a comportamentos excludentes e o fortalecimento da empatia por meio do conhecimento. Foram debatidos temas como o racismo estrutural, atitudes discriminatórias no cotidiano, inclusão no ambiente de trabalho e o impacto da informação na transformação social. “Lidar com a diversidade de forma ética e responsável exige escuta ativa, empatia e compromisso com práticas inclusivas”, explica Patrícia Milan, psicóloga do HMB. A atividade também contou com exibição de vídeos educativos, distribuição de brindes e relatos emocionantes dos participantes. “Quando a gente entende o que é racismo e reconhece comportamentos excludentes, começa a mudar a forma de agir, pensar e tratar o outro”, reforça Carla. O objetivo da instituição é realizar novas ações ao longo do ano, com encontros periódicos, como parte do compromisso do HMB com a equidade, o acolhimento e o cuidado integral com quem trabalha na unidade. Reconhecimento Localizado em um bairro com mais de 55% de pessoas afrodescendentes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Hospital Municipal da Brasilândia recebeu, em 2024, o Selo de Igualdade Racial, prêmio organizado pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo. A unidade se destaca pelo número de colaboradores que se autodeclaram negros ou pardos. Atualmente, mais de 700 dos 1.200 trabalhadores fazem parte desse grupo étnico, incluindo 52% dos líderes de setor. |