Aneurisma cerebral é silencioso e pode ser fatal

 

Campanha reforça a importância do diagnóstico e do tratamento precoce para salvar vidas

A campanha Agosto Azul e Vermelho reforça a conscientização sobre as doenças vasculares, entre elas o aneurisma cerebral — condição que atinge entre 10 e 15 pessoas a cada 100 mil habitantes, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). A iniciativa alerta para a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado para evitar complicações graves e até mortes.

O aneurisma cerebral é uma dilatação anormal em uma artéria do cérebro que pode romper, causando hemorragia e danos severos. “O aneurisma ocorre quando a parede do vaso sanguíneo enfraquece, formando uma espécie de bolsa que pode estourar a qualquer momento,” explica o neurocirurgião Dr. Victor Hugo Espíndola. “Quando isso acontece, ocorre uma hemorragia subaracnoide, que provoca um aumento da pressão dentro do crânio e pode levar a danos irreversíveis.”

De acordo com a OMS, a doença é mais frequente em mulheres, na proporção de três para cada dois homens, e atinge principalmente adultos entre 35 e 60 anos, embora crianças também possam desenvolver a condição. “Por ser silencioso, o aneurisma muitas vezes não apresenta sintomas até sua ruptura, o que dificulta o diagnóstico precoce,” alerta Dr. Victor Hugo.

Sintomas como dor de cabeça súbita e intensa, visão dupla, perda de equilíbrio, confusão mental e rigidez no pescoço são sinais que indicam a necessidade de avaliação médica urgente. “Dores de cabeça muito fortes, acompanhadas de náuseas e outros sintomas neurológicos, merecem atenção imediata,” reforça o especialista.

As principais causas do aneurisma incluem hipertensão arterial, tabagismo, predisposição genética e alterações nas paredes das artérias. “Controlar a pressão arterial, evitar o tabagismo e realizar exames preventivos são medidas essenciais para reduzir os riscos,” orienta o neurocirurgião.

O diagnóstico costuma ser feito por exames de imagem não invasivos, como a angiotomografia ou a angiorressonância magnética cerebral, que permitem visualizar as artérias do cérebro em detalhes. A angiografia cerebral, por ser um exame mais invasivo, é indicada apenas quando os exames iniciais já apontam a presença de um aneurisma e há necessidade de confirmação para definição do tratamento.

O tratamento varia conforme o tamanho e o risco do aneurisma. “Aneurismas pequenos podem ser acompanhados clinicamente, mas os de maior risco exigem intervenção cirúrgica, por clipagem ou embolização endovascular,” detalha o médico.

O neurocirurgião reforça que prevenir e identificar precocemente o aneurisma cerebral pode salvar vidas. “Ficar atento aos sintomas, manter hábitos saudáveis e buscar atendimento médico rápido são atitudes que fazem toda a diferença,” finaliza Dr. Victor Hugo Espíndola.


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