Especialista aponta medidas preventivas, como atividades físicas, se hidratar e reduzir tabagismo e sedentarismo ajudam a prevenir a doença
O Brasil tem vivido uma queda nas temperaturas nos últimos dias, e com ela vem um alerta importante. Segundo o Instituto Nacional de Cardiologia, o frio pode elevar em até 30% os casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC). Isso porque as temperaturas mais baixas tendem a aumentar a pressão arterial, um dos principais fatores de risco para o surgimento da doença.
O neurocirurgião Victor Hugo Espindola, especialista em doenças cerebrovasculares, explica que o corpo humano busca manter uma temperatura interna constante de 36ºC. Em temperaturas mais frias, as terminações nervosas da pele ativam a produção de catecolamina, uma substância que acelera o metabolismo para preservar o calor do corpo. Isso leva à contração dos vasos sanguíneos, o que aumenta a pressão arterial e exige mais esforço do coração para bombear o sangue.
“A prevenção para esse tipo de problema não se dá de forma imediata durante as estações mais frias. É preciso manter hábitos saudáveis ao longo da vida como, praticar atividades físicas, ir regularmente ao médico e evitar o tabagismo e o sedentarismo, que são fatores que aumentam a predisposição para ocorrência de um AVC”, afirma o especialista.
Como identificar um AVC, baseado na sigla SAMU
Sorria: peça para a pessoa sorrir. Se um dos lados da face estiver torto ou paralisado, pode ser um AVC.
Abrace: peça para levantar os dois braços. Se um deles cair ou não responder, é um sinal de alerta.
Música: peça para a pessoa repetir uma frase de música. Se houver dificuldade ou a fala estiver embolada, é mais um indicativo.
Urgente: caso um ou mais desses sinais estejam presentes, ligue imediatamente para o 192. Cada segundo conta, pois tempo é cérebro.