Dia Nacional do Diabetes: doença pode afetar a saúde bucal

 


Especialista alerta que pacientes com diabetes precisam redobrar os cuidados com a saúde bucal para prevenir complicações 


26 de junho é o Dia Nacional do Diabetes, e o que muita gente não sabe é que a doença pode afetar diretamente a saúde da boca. Além de exigir controle rigoroso da glicemia, o diabetes pode trazer sinais bucais importantes e, muitas vezes, negligenciados.


De acordo com Giovanna Zanini, entre as complicações mais recorrentes associadas ao diabetes, os problemas bucais ocupam a sexta posição, segundo especialistas. Isso se deve às alterações metabólicas causadas pela doença, que dificultam o controle da glicose no organismo. Com os níveis de açúcar no sangue elevados, é comum também o aumento da glicose presente na saliva, o que favorece o surgimento de infecções na boca.


“Além da periodontite, pacientes com diabetes podem apresentar uma série de sintomas orais, como sensação de queimação, feridas, alteração no paladar, redução ou modificação na produção de saliva e até mau hálito. Muitos desses sinais podem ser notados durante uma consulta odontológica de rotina”, explica a dentista Dra. Giovanna Zanini, da Clínica ZR Odonto e Face.


“Quando o paciente apresenta gengivite intensa, candidíase oral recorrente, boca constantemente seca, cicatrização lenta e aftas frequentes, esses sintomas podem indicar uma possível presença de diabetes, especialmente se há fatores de risco como obesidade ou histórico familiar”, complementa.


Outro sintoma que merece atenção é o hálito cetônico — um cheiro adocicado ou frutado característico. Segundo a dentista, esse tipo de hálito pode surgir quando o corpo, sem conseguir usar adequadamente a glicose, passa a queimar gordura como fonte de energia, gerando cetonas. “Se vier acompanhado de cansaço, sede excessiva e urina frequente, pode ser um indicativo importante da doença”, afirma.


Entender como o diabetes afeta a saúde bucal é essencial para prevenir complicações, especialmente nas gengivas. Isso porque a doença pode enfraquecer o sistema imunológico, dificultando a resposta do corpo a infecções, inclusive as que acometem a boca. “Reconhecer os sinais e encaminhar o paciente para uma avaliação médica pode fazer toda a diferença no diagnóstico precoce e no controle da doença”, conclui Zanini.


A Dra. Giovanna Zanini reforça que cuidados simples podem ter um grande impacto na saúde bucal de quem convive com o diabetes. Veja as principais recomendações:


Mantenha o controle da glicemia – Níveis equilibrados de açúcar no sangue ajudam a reduzir o risco de infecções orais.


Escove os dentes após as refeições – Use escova de cerdas macias e creme dental com flúor para remover a placa bacteriana.


Use fio dental diariamente – Previne a gengivite e o acúmulo de resíduos entre os dentes.


Hidrate-se bem – A saliva ajuda a proteger a boca; beber água combate a boca seca.


Evite cigarro e álcool – Esses hábitos favorecem o aparecimento de doenças bucais.


Faça visitas regulares ao dentista – Consultas frequentes ajudam na detecção precoce de alterações bucais.


Informe seu dentista sobre o diagnóstico de diabetes – Isso permite um acompanhamento mais cuidadoso.


Fique atento a sinais incomuns – Feridas que não cicatrizam, sangramento nas gengivas, mau hálito persistente ou alterações na saliva devem ser avaliadas.

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