Primeira reunião de Comitê consultivo da Taxonomia debate estratégias do plano de trabalho

Grupo vai avaliar e identificar atividades econômicas que preservam o meio ambiente, bem como medidas que ajudam a mitigar riscos associados a mudanças climáticas



O Comitê Interinstitucional da Taxonomia Sustentável Brasileira (CITSB), recém-criado pelo governo federal por decreto e presidido pelo Ministério da Fazenda, reuniu-se nesta segunda-feira (1º/7) para tratar sobre o planejamento e cronograma de atividades dos membros. O grupo tem como objetivo analisar os impactos climáticos, sociais e ambientais advindos da economia brasileira e atuar na elaboração do Plano de Ação da Taxonomia Sustentável do Brasil, que deve ser publicado até dezembro de 2024, com aplicação obrigatória a partir de 2026. 


André Godoy, diretor Executivo da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE) a qual representa o Sistema Nacional de Fomento (SNF), é membro titular do comitê. Ele explica que as Instituições Financeiras de Desenvolvimento (IFDs) são as principais financiadoras de projetos de transição energética, de adaptação e mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. 


“A taxonomia vem justamente para definir parâmetros de emissões de cada um dos setores. O setor financeiro, em especial o de desenvolvimento, tem o papel mais importante de todos na alavancagem de projetos e de uma nova economia baseada nas baixas emissões de carbono”, explica o gestor, que estava acompanhado na reunião do seu suplente do comitê, o gerente de Sustentabilidade, Economia e Inovação da ABDE, Diógenes Breda.


Em relação ao setor financeiro, que inclui o SNF representado pela ABDE, a análise também vai ajudar a mitigar riscos associados às mudanças climáticas e questões sociais, orientando as instituições e proporcionando maior transparência sobre o impacto ambiental e social dos investimentos.


Entenda - A taxonomia tem como foco um sistema de classificação que identifica atividades econômicas como ambientalmente sustentáveis, definindo critérios e indicadores específicos. O comitê foi recentemente criado pelo Decreto nº 11.961, de 22 de março de 2024, e teve a lista de membros selecionados divulgadas em sete de junho deste ano. 


 O SNF é considerado um ator-chave para a construção e implementação da taxonomia sustentável, já que é responsável por 45% das operações de crédito do país e o principal financiador do investimento, de projetos de longo prazo e de setores estratégicos para o desenvolvimento econômico e a transição sustentável do Brasil, como infraestrutura e Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs).

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem
Bio Caldo - Quit Alimentos