26|04 - Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial: O Efeito do Avental Branco e novas diretrizes de controle



Você já ouviu falar em Efeito do Avental Branco? Talvez, não, mas já pode ter sentido seus sintomas. Ele acontece quando o paciente tem uma elevação pontual da pressão arterial por estar no consultório, diante do médico, ou apenas por ver o aparelho de aferição.

 

Esse aumento momentâneo da pressão não deve ser confundido com hipertensão, mas pode ser um sinal de alerta. E os médicos aproveitam o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, celebrado nesta sexta-feira, 26 de abril, para chamar a atenção da população para os cuidados com a hipertensão.

 

O problema acontece quando a pressão arterial iguala ou supera a frequência 140 por 90, o famoso 14 por 9. Por trás destes números está uma série de complicações silenciosas, que nem sempre apresentam sintomas, mas que podem comprometer órgãos, como os rins, coração e cérebro, causando mais de 300 mil mortes por ano no Brasil.

 


“Essa é uma doença extremante prevalente no Brasil e no mundo, afetando por volta de 1/3 da população mundial, e é responsável por grande parte das doenças cardiovasculares, sobretudo infarto, Acidente Vascular Cerebral, derrames, e doenças renais, afirma o cardiologista Leonardo Sara (CRM/GO 12480/ RQE 7780), da equipe CDI Premium e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia-Regional Goiás.

 

Ele ressalta também que a hipertensão é um dos principais fatores de risco modificáveis para essas doenças, daí a importância da prevenção da pressão alta, com a mudança de hábitos de vida nocivos e consultas regulares com o cardiologista, principalmente a partir dos 35 anos de idade.

 

Ação educativa

 

Para orientar os goianienses sobre a prevenção, diagnóstico e tratamento da hipertensão, esse sério problema de saúde pública que atinge três em cada dez adultos, o CDI Premium e a Sociedade Brasileira de Cardiologia – Regional Goiás vão promover uma grande ação social nesta sexta-feira, 26, das 8 às 18 horas, com atendimento gratuito na Avenida Portugal, número 496, Setor Oeste.

 


Sócia-fundadora e diretora do CDI PREMIUM, a cardiologista Colandy Nunes Dourado (CRM/GO  7210 / RQE 2198), explica que na Tenda da Saúde do CDI Premium, o público contará com orientações sobre a doença, aferição de pressão e glicemia e esclarecimentos para os corretos cuidados com a saúde para prevenir a hipertensão. Esses cuidados incluem alimentação saudável, com pouco sódio e sal; nada de fumo ou excesso de bebida alcoólica; controle do estresse e de doenças, como diabetes e hipertireoidismo.

 

Diretrizes

 

Na semana passada, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) divulgou novas diretrizes para a aferição da pressão arterial, que vão além da medida feita em consultório.

 

A Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) e a Monitorização Residencial da Pressão Arterial (MRPA) e Automedida da Pressão Arterial (AMPA) são as principais metodologias para se monitorar a pressão arterial fora do consultório médico. De acordo com a SBC, essas técnicas ajudam na elaboração de um diagnóstico mais preciso e assertivo para identificar os casos de hipertensão.

 

O uso de aparelhos domésticos para o monitoramento frequente da pressão arterial é citado com um bom aliado no controle da hipertensão e incorporado como rotina nas diretrizes de monitorização. Mas, não basta acoplar o aparelho ao braço e acioná-lo. Alguns cuidados precisam ser seguidos para que o resultado da aferição não seja afetado. Confira:

 

Escolha um ambiente calmo.

Fique sempre com as costas apoiadas, pernas descruzadas e os pés encostados no chão.

Nada de praticar exercícios físicos até uma hora e meia antes da medição.

Não tome café nos 30 minutos que antecedem a aferição.

Esteja com a bexiga vazia.

Posicione o braço sempre na altura do coração e deixe a palma da mão virada para cima.

O aparelho de medição deve ficar mais ou menos dois a três centímetros acima da dobra do braço.

Não faça movimentos bruscos na hora da medição.

 

O recomendado é de duas a três medições seguidas, com intervalo de um minuto entre elas. O ideal também é medir pelo menos de manhã e à noite, para ter horários distintos, porque a pressão também pode mudar de acordo com o horário.

 

 

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