HEF implementa musicoterapia para auxiliar no tratamento de pacientes internados na UTI

 

FOTO:Divulgação

Com objetivo de efetivar a humanização no cuidado com o paciente, o Hospital Estadual de Formosa (HEF) iniciou, na última sexta-feira (6), a técnica de musicoterapia nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Trata-se da mistura entre arte e saúde que pode ajudar no tratamento de diversas doenças físicas e mentais, além de aliviar sintomas como dor e ansiedade.

A iniciativa do projeto partiu do coordenador da UTI, Dr. Oliver Vilanova, com o apoio da coordenação de enfermagem e da equipe técnica do hospital. Segundo Vilanova, o projeto deve continuar acontecendo pelo menos duas vezes ao mês nas UTIs do HEF. Para ele, a musicoterapia pode melhorar a qualidade de vida dos internados e facilitar nas questões de relacionamento entre os pacientes e os profissionais da saúde.

“O benefício principal dessa técnica é a humanização no cuidado com o paciente. O primeiro dia do projeto aconteceu na última sexta-feira e os pacientes se sentiram bastante acolhidos. Eu acredito que nós atingimos a nossa meta”, declarou.

Musicoterapia na prática

O projeto ganhou vida graças à disponibilidade do técnico de enfermagem, Braiam Cardoso, responsável pelo som instrumental, e da assistente administrativa Luiza Bastos Khalil, responsável pela cantoria.

Para cantora Luiza Khalil, colaboradora do pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (IMED), e que também é estudante de Psicologia, a escuta terapêutica no âmbito hospitalar é de extrema importância. Ela declarou que a música é usada como ferramenta que envolve a humanização, pauta tão discutida e necessária.

“Participar desse projeto traduz tudo o que estudo teoricamente, em ações eficazes, na prática, onde o cantar, a melodia e a música em si acalentam o coração dos pacientes, visto que os mesmos não são apenas um número de leito, e sim, vidas nas quais possuem subjetividade. Resgatar essa subjetividade, fazendo o que amo – cantar - me deixa extremamente feliz”, concluiu.

Braiam ressaltou que, na maioria dos casos, os pacientes internados se sentem muito sozinhos e sem alicerce de felicidade. O técnico relatou ainda que durante a sua apresentação pode perceber que os enfermos tiveram uma “válvula de escape”, talvez uma boa memória que as músicas os fizeram recordar.  

“Tudo o que eles ouvem são termos técnicos e, muitas vezes, nem sabem o que significa. Nunca passei por experiência de internação hospitalar, mas imagino que se eu estivesse vivendo essa realidade eu iria gostar muito e me apegar as coisas e ações que me tirassem da memória o fato de estar ali, passando por aquele momento difícil”, enfatizou.

Amor Cantado

No mesmo sentido, outra medida adotada pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (IMED) foi o projeto Amor Cantado, que foi criado há pouco mais de um ano com o objetivo de aliviar a dor emocional de pacientes hospitalizados. Nele, o engenheiro Hercílio Ramos Júnior faz apresentações temáticas ao vivo, tendo no repertório músicas da MPB, clássicos sertanejos e do rock. A “live” Amor Cantado – Acolhimento Musical – é transmitida para todos os Hospitais do IMED e também veiculada pelo Youtube no canal “TV IMED”.

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